Completou a sua formação humana e espiritual no Colégio de Loreto, que
as religiosas da Sagrada Família de Burdeos tinham em Valência. Pediu várias
vezes para ingressar no noviciado desse Instituto, mas seu pai, considerando a
situação política da época e a pouca idade da menina, obrigou-a a voltar para
casa.
Esta etapa da sua vida em Bocairente foi caracterizada por três
aspectos: o espírito de piedade e de oração, a sua dedicação em fazer o bem às
crianças pobres, aos idosos e aos doentes, e o empenho em dar uma resposta
àquilo que sentira no seu íntimo no dia da Primeira Comunhão.
Tomasa fez sem sucesso algumas tentativas para ingressar em um convento
de clausura. Ela intuiu depois que Deus não queria que ela seguisse aquele
caminho. Ela então pediu a Ele que lhe indicasse claramente a Sua vontade e,
retirando-se em oração, recitava assim: "Tua, meu Jesus, desejo ser tua, porém, diz-me onde".
Tendo a certeza de sentir-se chamada para uma vida de especial
consagração, mas com a dúvida de onde Deus a queria, Tomasa dirigiu-se para
Barcelona. Depois de muitas dificuldades, ali o Senhor respondeu à sua busca
vocacional, fazendo-a viver uma profunda experiência mística na qual o Coração
de Jesus, mostrando-lhe o seu lado esquerdo ensanguentado, lhe disse: "Olha como me deixaram os homens com a sua
ingratidão. Queres ajudar-me a levar esta cruz?". Tomasa respondeu:
"Senhor, se tens necessidade de uma
vítima e me queres, estou aqui". Então, o Redentor disse-lhe: "Funda, minha filha, que sobre ti e sobre a
tua Congregação concederei sempre misericórdia".
Esta experiência foi determinante para Tomasa, dando-lhe uma certeza tão
grande que nunca a tirou de sua mente e do seu coração. Naquele momento ela compreendeu
que Deus lhe pedia para dar vida a um novo Instituto. A pergunta agora era:
“onde fundar?”. O Bispo D. Jaime Catalá indicou-lhe que abrisse seu coração com
seu confessor e fizesse o que ele mandasse.
No mês de março, acompanhada de três postulantes, Tomasa saiu de Barcelona a caminho de Puebla de Soto, a 1 km de Alcantarilla, para fundar ali, com a autorização do Bispo de Cartagena-Murcia, a primeira Comunidade de Terciárias da Virgem do Carmelo.
Após a tragédia das inundações de 1884, eclodiu a cólera. Tomasa, que então havia tomado o nome de Piedade da Cruz, e suas Filhas se desdobraram no cuidado dos doentes e a das meninas órfãs em um hospitalzinho que ela chamou de “A Providência”.
No mês de março, acompanhada de três postulantes, Tomasa saiu de Barcelona a caminho de Puebla de Soto, a 1 km de Alcantarilla, para fundar ali, com a autorização do Bispo de Cartagena-Murcia, a primeira Comunidade de Terciárias da Virgem do Carmelo.
Após a tragédia das inundações de 1884, eclodiu a cólera. Tomasa, que então havia tomado o nome de Piedade da Cruz, e suas Filhas se desdobraram no cuidado dos doentes e a das meninas órfãs em um hospitalzinho que ela chamou de “A Providência”.
Foram chegando mais jovens atraídas pelo modo de viver daquelas
primeiras Terciárias Carmelitas. A Casa tornou-se pequena e foi preciso comprar
a de Alcantarilla. Uma nova comunidade se estabeleceu em Caudete. Tudo fazia
pensar que finalmente ela havia encontrado o lugar onde levaria a cabo sua
vocação.
Entretanto, uma nova cruz: no mês de agosto as irmãs de Caudete foram para Alcantarilla e levaram as noviças, deixando Madre Piedade da Cruz somente com a Irmã Alfonsa. Foram dias de muita dor. A Fundadora, como sempre, se refugiou na oração; prostrando-se diante de Nosso Senhor Jesus Cristo ali permanecia horas e horas a seus pés.
Entretanto, uma nova cruz: no mês de agosto as irmãs de Caudete foram para Alcantarilla e levaram as noviças, deixando Madre Piedade da Cruz somente com a Irmã Alfonsa. Foram dias de muita dor. A Fundadora, como sempre, se refugiou na oração; prostrando-se diante de Nosso Senhor Jesus Cristo ali permanecia horas e horas a seus pés.
Depois de imensas dificuldades e tribulações, no dia 8 de setembro de
1890, chegou para ela a hora de Deus. Nascia na Igreja a Congregação das Irmãs
Salesianas do Sagrado Coração de Jesus na qual se devia amar, servir e reparar,
ver o rosto do Senhor nas meninas órfãs, nas jovens operárias, nos doentes, nos
idosos abandonados e ajudá-los a levar a cruz.
Embora toda a vida de Madre Piedade tivesse sido uma renúncia do mundo,
ela não deixou o mundo, continuou nele fazendo o bem e lutando contra o mal.
São testemunha disto casamentos que ela impediu que se desfizessem, jovens que
ela ia buscar nas fábricas para formá-las na escola dominical, meninas sem lar
que amou entranhadamente, idosos solitários, doentes...
Viveu pobre e morreu pobre, sentada em uma cadeira, porque “Aquele – dizia indicando o Crucifixo – morreu na cruz e eu não devo morrer na cama,
se não na terra”.
Madre Piedade da Cruz expirou com o crucifixo nos lábios e na santa paz
de Deus, num sábado, dia 26 de fevereiro de 1916.
Depois de um estudo exaustivo sobre as virtudes praticadas por Madre
Piedade da Cruz, em 1º de julho de 2000 elas foram reconhecidas como heroicas; e
a 21 de março de 2004, Madre Piedade foi beatificada em Roma.
Fonte: www.vaticano.va/
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