Mulher forte, esposa e mãe de família
que tem bem gravado em sua alma o princípio e o fim de seu estado e de sua função:
ganhar o céu para ela e para os seus. Primeiro seu marido e seus filhos, depois
o próximo.
Como buscava o bem daqueles que amava, a vemos deixando sua casa em Sevilha e emigrando para o centro do Império com toda sua família em busca de um maior bem-estar.
Como buscava o bem daqueles que amava, a vemos deixando sua casa em Sevilha e emigrando para o centro do Império com toda sua família em busca de um maior bem-estar.
Seu marido, Flaviano, morre mártir em Roma. Por estar casada com um
cristão irredutível ela é condenada ao desterro. Ao voltar, o prefeito
Aproniano a manda aprisionar, porque continua aferrada ao seu princípio de não
sacrificar aos falsos deuses; ela quase adoece de fome. O prefeito prepara as
coisas para recasá-la com um tal Fausto com a esperança de obrigá-la a mudar de
opinião, mas o resultado é que o caçador é caçado, porque Dafrosa o instruiu na
fé cristã, ele foi batizado pelo presbítero João e acabou morrendo mártir. Como
seu corpo foi exposto aos cães, Dafrosa o recolheu à noite e lhe deu sepultura
cristã. Isto a levou definitivamente ao martírio, em 4 de janeiro de 362, quando
era único imperador Juliano, o apóstata.
Os feitos de Dafrosa foram dados a conhecer, possivelmente acrescidos
pelos séculos e a distância, pelo historiador hagiógrafo Antônio Quintana, que
por sua vez os retomou de Pedro Julião. Quando se narra a vida e morte de
Dafrosa se fala de toda uma família mártir, pois também se afirma que suas filhas
Demétria e Bibiana morreram mártires em Roma, em 362, mas a fonte propulsora era
a mãe firme, forte e muito capaz.
A tradição a menciona como esposa de São Flaviano (22 dezembro) e mãe das
santas Bibiana (2 dezembro) e Demétria (21 junho). Atualmente de toda família
somente a filha Bibiana ainda aparece no martirológio da Igreja Católica e Dafrosa
continua a aparecer no novo Martirológio Romano, onde é comemorada no dia 4 de
janeiro.
O sepultamento de Santa Dafrosa e de toda a família ocorreu perto de sua
residência no Esquilino, onde, por desejo do Papa Simplício, foi construída uma
capela e mais tarde a atual basílica. As relíquias de Dafrosa e de suas filhas
ainda hoje são conservadas no sarcófago constantiniano, em alabastro oriental,
sob o altar mor da igreja de Santa Bibiana.
Os Santos Flaviano e Dafrosa, um dos numerosos casais que viveram no
passar dos séculos e que a Igreja considerou dignos da honra dos altares, são
modelos mais próximos das famílias, cônjuges que fizeram de seu matrimônio o
caminho para alcançar a santidade.
Curioso o papel de Juliano, o apóstata: o tempo de seu reinado não se
caracterizou pela perseguição violenta, ele estava preocupado com a restauração
do paganismo no Império como religião oficial, enquanto melhorava a
administração e impulsionava a economia. Ele não quis mártires, ‘somente’
pagãos…
Fontes: www.santiebeati/it; http://es.catholic.net/op/articulos/31764/cat/214/dafrosa-de-roma-santa.html
Etimologia: Dafrosa, de origem siríaca,
'cingida de rosas'
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