terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Santa Inês, Virgem e Mártir - 21 de janeiro

     São Jerônimo, em referência a esta santa, escreve: “Todos os povos são unânimes em louvar Santa Inês, porque vencendo a fraqueza da idade e o tirano, coroou a virgindade com a morte do martírio”. De modo semelhante se exprimem Santo Ambrósio e Santo Agostinho. Com Maria Santíssima e Santa Tecla, Santa Inês é invocada para obter-se a virtude da pureza.
     Inês nasceu em Roma, descendente da nobre e poderosa família Cláudia e desde pequena foi educada pelos pais na fé cristã. Cresceu virtuosa e logo que soube avaliar a excelência da pureza virginal ofereceu-a a Deus num santo voto. A riqueza, formosura e nobre origem de Inês fizeram com que diversos jovens de famílias importantes de Roma a pedissem em casamento. A todos Inês respondia que seu coração já pertencia a um esposo invisível a olhos humanos.
     Às declarações de amizade e afeto dos pretendentes seguiu-se a denúncia, que arrastou a donzela ao tribunal, para defender-se contra a acusação de ser cristã. A maneira que o juiz a tratou para conseguir que abandonasse a religião obedeceu ao programa costumeiro em tais ocasiões: elogios, desculpas, galanteios e promessas. Experimentada a ineficácia destes recursos, entravam em cena imposições, ameaças, insultos, brutalidades.
     O juiz fez Inês saborear todos os recursos da força inquisitorial da justiça romana. Arrastada com brutalidade ao lugar onde se achavam imagens de deuses e intimada a queimar incenso, a donzela levantou as mãos puríssimas ao céu, para fazer o sinal da cruz. No auge do furor, vendo baldados todos os esforços, o juiz teve uma inspiração diabólica: condenou-a a ser exposta nua num prostíbulo no Circo Agnolo (hoje Praça Navona, onde se ergue a Basílica de Santa Inês in Agone).
     Diz a história que, introduzida no local da desonra, uma luz celestial a protegeu e ninguém ousou aproximar-se dela. Seus cabelos cresceram maravilhosamente cobrindo seu corpo. Ao ser defendida por um anjo guardião, um dos seus lascivos pretendentes caiu morto. Os companheiros, tomados por um grande pavor, tiraram o corpo do infeliz e levaram-no para outro lugar. Mas a santa, apiedada, orou a Deus e o ressuscitou.
     Temeroso, o Prefeito Simprônio passou o caso ao seu cruel substituto, Aspásio. Após novo interrogatório, a menina foi condenada a morrer queimada. As chamas também não a tocaram, voltando-se contra seus algozes e matando muitos deles. Foi por fim decapitada, a mando do vice-prefeito de Roma, Aspásio.
     O juiz, profundamente humilhado com esta inesperada vitória da Santa, deu ordem para que fosse decapitada. O algoz tinha recebido ordem para antes de executar a sentença de morte convidar Inês para prestar obediência à intimação do juiz. Feito pela última vez, Inês com firmeza o rejeitou. Ajoelhando-se, inclinou a cabeça, ao que parecia para prestar a Deus a última adoração aqui na terra, quando a espada do algoz lhe deu o golpe de morte.
     Santa Inês completou o martírio aos 21 de janeiro de 304 ou 305, tendo apenas a idade de 13 anos. Seus pais sepultaram seu corpo num terreno próximo da Via Nomentana, onde a princesa Constantina, filha do imperador Constantino mandou erguer a majestosa Basílica de Santa Inês Fora dos Muros, palco de grandes milagres por intermédio da santa virgem.
     A história conta que oito dias depois da morte, Inês apareceu em grande glória aos pais que rezavam em seu túmulo, segurando um cordeirinho branco e cercada de muitas virgens e anjos, e anunciou-lhes sua grande felicidade no céu.
     Santa Inês é padroeira das Filhas de Maria, por causa da sua pureza angélica. Os jardineiros também a veneram como padroeira, por ser o modelo perfeito da pureza como Maria Santíssima, que é chamada “hortus conclusus”, horto fechado. É padroeira dos noivos, por ter-se chamado esposa de Cristo. Do nome Inês há duas interpretações, a grega e a latina. Inês em grego é Hagne, isto é, pura; em latim, Agna significa cordeirinho.
     Santo Agostinho admitia as duas interpretações: “Inês, diz ele, significa em latim um cordeirinho e em grego a pura”.
     No dia da festa desta Santa, na sua igreja em Roma são apresentados e bentos cordeirinhos de cuja lã são confeccionados os “palliums” dos Arcebispos.

Um comentário:

  1. Prezado Luis,


    Obrigado pela visita ao pobrezinho.

    Que bom que tenha este Belo Blog das Heroínas da Fé.
    Ainda não olhei os posts, que requerem também a leitura dos textos. mas voltarei com calma.

    Santa Inês bem merece esta sua homenagem. Salve Santa Inês.

    Se, permite transcrevo aqui a resposta ao seu comentário:
    (Prezado Luis C. V.
    Obrigado pela visita e pela apreciação de minha Santinha.
    Em princípio, as peças que posto aqui são uma espécie de tombamento da coleção. Há peças que até me disponho em trocas, algo assim.
    Mas esta é uma das mais queridas.

    Continue em contato, quem sabe, haja alguma peça que possamos negociar?
    Um abração.
    ab)

    Um abraço fraterno.

    ab

    OBS Sem querer, postei este cmt num post abaixo, sobre uma Santa Virgem que não conheço e que certamente vela também por nós...

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