Seu pai foi um educador excepcional que a ensinava a rezar e a amar a Sagrada
Escritura. Ele formava seu coração com narrativas bíblicas que a encantavam.
Mais tarde, tornou-se seu confidente e guia. Foi ele quem a fez compreender, na
sua adolescência, o significado profundo do Cordeiro Pascal, como simbologia de
Jesus que foi conduzido à morte e verteu seu Sangue para a salvação da
Humanidade. E a jovem concluiu que ela também devia consumir-se completamente,
se necessário até o derramamento de sangue, para levar Jesus a todos.
Sem educação formal e sem contatos
externos, por causa de sua classe social, Maria passou sua infância e início da
adolescência retirada e focada em sua beleza. Mas quando ela chegou a
adolescência, começou a procurar o significado de sua vida. Impetuosa,
vivíssima e um pouco vaidosa, aos 16 anos foi favorecida com uma especial
inspiração da Santíssima Virgem, compreendeu a vaidade e a transitoriedade dos
prazeres do mundo e começou por renunciar a joias e a adornos pelo ideal de uma
vida dedicada a Deus e aos irmãos.
Em 1822, quando São Gaspar del Bufalo, fundador da Sociedade dos Missionários
do Preciosíssimo Sangue, pregou numa missão em Vallecorsa, Maria descobriu sua
vocação de missionária. Mas não na África, como havia sonhado em menina, mas na
sua região.
Maria respondeu ao chamado de Deus com a radicalidade dos santos. “Benditos somos - escrevia às primeiras
discípulas - se podemos dar a vida e todo
o nosso sangue pela fé, para salvar ainda que uma só alma”.
Ela estava convencida de que a reforma da sociedade nasce do coração da pessoa
e que esta se transforma quando compreende quão preciosa é aos olhos de Deus e
de quanto amor foi objeto, pois Jesus deu todo o seu Sangue para
resgatá-la.
Como tinha aprendido a ler e escrever, foi chamada pelo Administrador de
Anagni, Mons. José Maria Lais, para ensinar as crianças. Em Acuto, uma aldeia
de montanha não longe de Roma, começou a pregar e a catequizar na praça e na
igreja, entusiasmando a todos e preocupando alguns, tanto que o bispo mandou um
jesuíta observá-la incógnito, mas este concluiu que ela “fala melhor do que um
padre”. Assim, Maria, da jovem tímida e introvertida que era, tornou-se uma
pregadora que atraia crianças e adultos, simples e aprendizes, leigos e sacerdotes.
Não podendo falar aos homens, estes acorriam voluntariamente para ouvi-la,
embora às escondidas. Até os pastores lhe pediram que os ensinasse depois do
pôr-do-sol; todos acorriam para ouvir as suas lições. Maria atraía até os sacerdotes,
porque, quando falava de Jesus e dos mistérios da fé, parecia tê-los vivido em
pessoa. O seu desejo era de que nem uma gota do Sangue de Jesus se perdesse. A
preocupação de sua vida era dar gosto a Jesus, que lhe tinha roubado o coração
desde a juventude, e salvar "o querido próximo".
Sob o dorso de uma mula ia de uma aldeia a outra, atendendo aos pedidos e às
necessidades dos lugares. E para onde não podia chegar pessoalmente, enviava
cartas (cerca de 2.000) tanto para gente simples, como também para padres
e bispos, síndicos e prefeitos, para aconselhar, educar, propor e estimular.
Sob a orientação de um discípulo de São Gaspar del Bufalo, o Venerável Pe. João
Merlini, que por quarenta anos foi seu diretor espiritual, fundou, com algumas
companheiras, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo, em Acuto,
a 4 de março de 1834.
A Congregação tinha como fim especial a propagação da devoção ao Sangue de
Cristo e a educação da juventude, especialmente em centros pequenos e
abandonados. Outras atividades promovidas pela zelosa Fundadora foram os cursos
catequéticos, missões, retiros para leigos, senhores e jovens.
Sua ação ardorosa atraia muitas jovens e Maria De Mattias fundou cerca de
setenta casas, chegando à Alemanha e à Inglaterra; em Roma, o próprio Papa
Beato Pio IX a chamou para o Hospício de São Luís e para a Escola de
Civitavecchia.
Maria De Mattias faleceu em Roma a 20 de agosto de 1866, e o Pio IX mandou que
fosse sepultada no Cemitério de Verano, tendo escolhido um túmulo para ela e
comissionado a confecção de um baixo relevo retratando a visão de Ezequiel:
"Ossos secos, ouça a palavra do Senhor".
O processo da sua Beatificação foi
iniciado trinta anos depois, mas foi Pio XII que a beatificou em 1º de outubro de
1950. Ela foi canonizada em 18 de maio de 2003, na Praça de São Pedro. Seus
despojos são venerados na Igreja do Preciosíssimo Sangue anexa à casa
generalícia do seu Instituto, em Roma.
Atualmente cerca de 2.000 Adoradoras trabalham em todos os continentes, em 26
nações: Albânia, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bolívia,
Bósnia, Brasil, Colômbia, Coréia, Croácia, Filipinas, Guatemala, Guine Bissau,
Índia, Itália, Liechtenstein, Polônia, Servia, Sibéria, Espanha, Suíça,
Tanzânia, Ucrânia, EUA.
Maria
De Mattias nasceu em Vallecorsa, a cidade mais ao sul dos Estados Papais,
na província de Frosinone, em 4 de fevereiro de 1805, filha mais velha de uma
distinta família.
Seu pai foi um educador excepcional que a ensinava a rezar e a amar a Sagrada
Escritura. Ele formava seu coração com narrativas bíblicas que a encantavam.
Mais tarde, tornou-se seu confidente e guia. Foi ele quem a fez compreender, na
sua adolescência, o significado profundo do Cordeiro Pascal, como simbologia de
Jesus que foi conduzido à morte e verteu seu Sangue para a salvação da
Humanidade. E a jovem concluiu que ela também devia consumir-se completamente,
se necessário até o derramamento de sangue, para levar Jesus a todos.
Sem educação formal e sem contatos
externos, por causa de sua classe social, Maria passou sua infância e início da
adolescência retirada e focada em sua beleza. Mas quando ela chegou a
adolescência, começou a procurar o significado de sua vida. Impetuosa,
vivíssima e um pouco vaidosa, aos 16 anos foi favorecida com uma especial
inspiração da Santíssima Virgem, compreendeu a vaidade e a transitoriedade dos
prazeres do mundo e começou por renunciar a joias e a adornos pelo ideal de uma
vida dedicada a Deus e aos irmãos.
Em 1822, quando São Gaspar del Bufalo, fundador da Sociedade dos Missionários
do Preciosíssimo Sangue, pregou numa missão em Vallecorsa, Maria descobriu sua
vocação de missionária. Mas não na África, como havia sonhado em menina, mas na
sua região.
Maria respondeu ao chamado de Deus com a radicalidade dos santos. “Benditos somos - escrevia às primeiras
discípulas - se podemos dar a vida e todo
o nosso sangue pela fé, para salvar ainda que uma só alma”.
Ela estava convencida de que a reforma da sociedade nasce do coração da pessoa
e que esta se transforma quando compreende quão preciosa é aos olhos de Deus e
de quanto amor foi objeto, pois Jesus deu todo o seu Sangue para
resgatá-la.
Como tinha aprendido a ler e escrever, foi chamada pelo Administrador de
Anagni, Mons. José Maria Lais, para ensinar as crianças. Em Acuto, uma aldeia
de montanha não longe de Roma, começou a pregar e a catequizar na praça e na
igreja, entusiasmando a todos e preocupando alguns, tanto que o bispo mandou um
jesuíta observá-la incógnito, mas este concluiu que ela “fala melhor do que um
padre”. Assim, Maria, da jovem tímida e introvertida que era, tornou-se uma
pregadora que atraia crianças e adultos, simples e aprendizes, leigos e sacerdotes.
Não podendo falar aos homens, estes acorriam voluntariamente para ouvi-la,
embora às escondidas. Até os pastores lhe pediram que os ensinasse depois do
pôr-do-sol; todos acorriam para ouvir as suas lições. Maria atraía até os sacerdotes,
porque, quando falava de Jesus e dos mistérios da fé, parecia tê-los vivido em
pessoa. O seu desejo era de que nem uma gota do Sangue de Jesus se perdesse. A
preocupação de sua vida era dar gosto a Jesus, que lhe tinha roubado o coração
desde a juventude, e salvar "o querido próximo".
Sob o dorso de uma mula ia de uma aldeia a outra, atendendo aos pedidos e às
necessidades dos lugares. E para onde não podia chegar pessoalmente, enviava
cartas (cerca de 2.000) tanto para gente simples, como também para padres
e bispos, síndicos e prefeitos, para aconselhar, educar, propor e estimular.
Sob a orientação de um discípulo de São Gaspar del Bufalo, o Venerável Pe. João
Merlini, que por quarenta anos foi seu diretor espiritual, fundou, com algumas
companheiras, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo, em Acuto,
a 4 de março de 1834.
A Congregação tinha como fim especial a propagação da devoção ao Sangue de
Cristo e a educação da juventude, especialmente em centros pequenos e
abandonados. Outras atividades promovidas pela zelosa Fundadora foram os cursos
catequéticos, missões, retiros para leigos, senhores e jovens.
Sua ação ardorosa atraia muitas jovens e Maria De Mattias fundou cerca de
setenta casas, chegando à Alemanha e à Inglaterra; em Roma, o próprio Papa
Beato Pio IX a chamou para o Hospício de São Luís e para a Escola de
Civitavecchia.
Maria De Mattias faleceu em Roma a 20 de agosto de 1866, e o Pio IX mandou que
fosse sepultada no Cemitério de Verano, tendo escolhido um túmulo para ela e
comissionado a confecção de um baixo relevo retratando a visão de Ezequiel:
"Ossos secos, ouça a palavra do Senhor".
O processo da sua Beatificação foi
iniciado trinta anos depois, mas foi Pio XII que a beatificou em 1º de outubro de
1950. Ela foi canonizada em 18 de maio de 2003, na Praça de São Pedro. Seus
despojos são venerados na Igreja do Preciosíssimo Sangue anexa à casa
generalícia do seu Instituto, em Roma.
Atualmente cerca de 2.000 Adoradoras trabalham em todos os continentes, em 26
nações: Albânia, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bolívia,
Bósnia, Brasil, Colômbia, Coréia, Croácia, Filipinas, Guatemala, Guine Bissau,
Índia, Itália, Liechtenstein, Polônia, Servia, Sibéria, Espanha, Suíça,
Tanzânia, Ucrânia, EUA.
Minha devoção surgiu quando morei em Manaus, amo Jesus pela Sua Cruz, pois se entregou na Cruz mesmo sendo Santo e justo , só pela nissa salvação. Frequentei a Igreja quando lá estive, e sempre guardo boas recordações. Obrigada Santa Maria Mattias pelo vosso " sim ". Eu amo nossa família celestial.
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