Kentigerna é comemorada no dia 7 de janeiro no
Breviário Aberdeen, que nos informa que ela era de sangue real, filha de Cellach Cualann, Rei de Leinster, Irlanda; sua mãe era Caintigern, filha de Conaing Cuirre. Seu esposo foi o Feriacus
regulus de Monchestre, que Mac Shamhrain identifica com o Feradach hoa Artúr de
Dál Riata, o provável neto do Rei Artur que assinou o Cáin Adomnáin em
Birr no ano de 697 e que talvez fosse um rei em Dál Riata.
Além de outros
filhos, foi mãe do santo abade
São Fœlan ou Felan (ou ainda, Fillan). Fœlan nasceu com uma deformidade, como se tivesse
uma grande pedra em sua boca, e seu pai, considerando-o um monstro, ordenou que
ele fosse lançado em um lago próximo. Santo Ibar viu-o na superfície do lago
brincando com anjos e o trouxe com segurança para a margem e o batizou. Diante
do milagre, Kentigerna também se tornou cristã. Conta-se que São Felan estudava
em uma cela escura onde ele escrevia com a mão direita iluminada pela mão
esquerda.
Após a morte de seu marido, ela deixou a
Irlanda com seu irmão São Comgan e seu filho São Felan, e se tornou ermitã na
Escócia, primeiro em Strath Fillan, consagrando-se
a Deus e vivendo em grande austeridade e humildade.
Já bem idosa, ela desejou se dedicar mais inteiramente à devoção e foi
viver na ilha de Inchelrock ou Inch-Cailliach, em
Loch Lomond. Naquele
local ela podia com maior liberdade se entregar à meditação das coisas celestes.
Santa Kentigerna faleceu no ano 734. Adam King nos informa que uma
igreja paroquial famosa em Locloumont, Inchelroch - a pequena ilha em que ela
se retirou algum tempo antes de sua morte - leva o seu nome.
Vide Brev. Aberdon. e Colgan ad 7
janeiro p. 22.
Cfr. As Vidas dos Santos, 1866, pelo Rev. Alban Butler (1711-1773). Volume I: janeiro. p. 105.
Cfr. As Vidas dos Santos, 1866, pelo Rev. Alban Butler (1711-1773). Volume I: janeiro. p. 105.
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